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Protesto aconteceu nesta terça-feira (25) - Foto: Milena da Silva Santos |
Segundo os manifestantes, aparelhos de ar-condicionado foram instalados há mais de um ano, mas nunca foram ligados. O motivo seria a falta de adequação da rede elétrica da escola, um impasse que, segundo relatos, é jogado de um lado para o outro entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Equatorial Energia, sem uma solução definitiva.
"A gente não sente vontade de ir pra escola"
Com cartazes e faixas, os estudantes denunciaram a situação e criticaram a gestão municipal. Em um dos cartazes fixados na frente da escola, a frase em destaque afirmava: "População reprova JHC pelo descaso com a Escola Zumbi dos Palmares", em referência ao prefeito de Maceió, JHC.
A estudante Milena da Silva Santos, que está na escola há três anos, desabafou sobre o impacto da falta de estrutura no aprendizado:
“A gente não sente vontade de ir pra escola por causa do calor. Isso acaba com a motivação de ir. Às vezes, algumas pessoas passam mal.”
O professor Luiz Carlos dos Santos, que leciona na escola desde 2005, reforçou as denúncias e explicou que antes os ventiladores garantiam algum conforto térmico, mas foram removidos para a instalação dos aparelhos de ar-condicionado, que até hoje não funcionam.
"Antes da chegada dos ares-condicionados, tinham ventiladores nas salas de aula. Porém, quando os aparelhos foram instalados, os ventiladores foram retirados. Esperava-se que o ar refrigerado chegasse imediatamente, o que não aconteceu. Estamos esperando há um ano”, relatou.
Imbróglio entre Semed e Equatorial Energia
A questão da climatização já é de conhecimento público há meses, segundo o professor Luiz Carlos. No final de 2023, foi constatado que a Equatorial precisaria instalar uma rede de alta tensão para abastecer a escola, mas a solução ainda não saiu do papel.
"A Semed passa a responsabilidade para a Equatorial e vice-versa. Nisso, o tempo vai passando. Com total precariedade climática para todos, os alunos, mesmo com o desconforto do calor, continuam vindo, da mesma forma os professores", denunciou.
Além da climatização, educadores cobram reajuste e melhorias
Além da falta de estrutura na escola, os professores também reivindicam um reajuste salarial de 13,6%, além de melhorias gerais na infraestrutura das unidades de ensino, progressões salariais atrasadas e soluções para o transporte escolar.
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) criticou a gestão municipal pela falta de diálogo e afirmou que os protestos podem se intensificar caso não haja uma resposta concreta às demandas da categoria.