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Presidente Lula | Foto: Reprodução |
A definição do candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva para 2026 ainda está em aberto, mas os bastidores da política já fervem. Se a escolha de Geraldo Alckmin em 2022 foi um acerto estratégico, capaz de ampliar o diálogo para além da base petista, a nova escolha segue o mesmo caminho: buscar um nome capaz de dialogar com o centro e a direita moderada.
O atual vice-presidente tem espaço garantido em 2026, mas, ao que tudo indica, não ao lado de Lula. O ex-governador de São Paulo deve ser peça-chave na disputa pelo governo paulista, onde pode enfrentar Tarcísio de Freitas (PL) ou buscar uma cadeira no Senado. Qualquer que seja o caminho, sua presença será valiosa para o governo federal, garantindo força em um estado essencial para qualquer projeto de poder.
Nos corredores do Palácio do Planalto e entre os aliados, três partidos despontam como protagonistas na escolha do vice: PSB, MDB e PSD.
PSB: O partido de Alckmin não pretende abrir mão da vaga. Se o petista conquistou a reeleição em 2022 com o apoio socialista, por que mudar a estratégia? O problema é que a disputa não será fácil.
MDB: O partido tem dois nomes fortes: Helder Barbalho, governador do Pará, e Renan Filho, ministro dos Transportes e ex-governador de Alagoas. Ambos têm capilaridade nacional e bom trânsito político.
PSD: Gilberto Kassab, líder da sigla, já deixou claro que deseja protagonismo.
Renan Filho no radar
O presidente Lula, que comentou o tema nesta quarta-feira (5), fez questão de manter a diplomacia, mas não esconde que @renanfilho está na disputa. O ministro dos Transportes tem a vantagem de não precisar disputar nada em 2026, já que seu mandato no Senado vai até 2030. Assim, pode se movimentar sem pressa, enquanto observa o tabuleiro político.
Se a costura política apontar para outro rumo, Renan Filho ainda tem um plano B: disputar o governo de Alagoas, onde seu nome desponta como favorito.
O cenário ainda está indefinido, e os embates entre PSB e MDB mostram que a escolha não será pacífica. Mas uma coisa é certa: Lula sabe que precisa de um vice que cumpra o papel de Alckmin em 2022.