O ex-prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves da Silva (PP), terá seu futuro decidido pela Justiça em mais um processo envolvendo acusações de corrupção. Desta vez, ele responde por ocultação de bens e lavagem de dinheiro, em um caso que envolve empresas supostamente vinculadas a ele. O processo tramita em segredo de justiça e tem como relator o desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), Celyrio Adamastor Tenório Accioly.
As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual, que apontou indícios de uma organização criminosa responsável por ocultar bens e lavar dinheiro por meio de um “emaranhado de empresas diversas e possivelmente vinculadas a Gilberto Gonçalves”. O ex-prefeito foi citado como réu após a apresentação de documentos na Notícia de Fato (nº 01.2019.00001092-8), em 2024.
A defesa de Gilberto Gonçalves tentou obter acesso aos detalhes do procedimento investigativo, mas o pedido foi indeferido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. O caso segue sob sigilo, e o ex-prefeito aguarda o desfecho da ação judicial.
Gilberto Gonçalves já tem um histórico de prisões e processos por corrupção. Ele foi preso quatro vezes em Alagoas: em 2007, 2010, 2014 e, mais recentemente, em 2022, quando estava afastado do cargo de prefeito. Na ocasião, ele foi detido durante a Operação Beco da Pecúnia, que investigou desvios de aproximadamente R$ 12 milhões de recursos públicos federais e municipais, incluindo verbas do Fundeb e do SUS, em Rio Largo. O ex-prefeito foi acusado de tentar interferir nas investigações.
O caso da Operação Beco da Pecúnia tramita no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e está concluso desde o dia 29 de julho de 2024, mas ainda não há data definida para o julgamento. Enquanto isso, o novo processo por ocultação de bens e lavagem de dinheiro coloca Gilberto Gonçalves novamente no centro de uma investigação que pode ter desdobramentos significativos para sua carreira política e vida pessoal.
