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Falta de transporte escolar ocasiona mais protestos em Maceió

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/ Por Redação

Protestos em Maceió nesta quarta-feira, 19
Uma reunião realizada na tarde desta quarta-feira (19) no prédio-sede do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) buscou soluções para a retomada do transporte escolar em Maceió, atualmente suspenso. O encontro contou com representantes do Ministério Público Federal (MPF-AL), Defensoria Pública Estadual (DPE-AL), Conselho Municipal de Educação, Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos (FAEJA) e duas mães de alunos afetados pela paralisação.

A proposta debatida prevê a manutenção do contrato com a empresa terceirizada, porém com uma nova frota de veículos e fiscalização rigorosa dos itens de segurança. A responsabilidade dessa vistoria ficaria a cargo do município, que pode utilizar o Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) ou outro órgão para garantir as condições adequadas do serviço.

Além disso, a gestão municipal precisará apresentar um cronograma detalhado para fiscalização, retomada do serviço e reposição das aulas perdidas pelos estudantes. Somente após essa apresentação, a proposta será avaliada e poderá ser aprovada.
Protestos e denúncias marcam paralisação

Desde a suspensão do transporte escolar, diversos protestos foram registrados na capital alagoana. No último dia 12 de fevereiro, manifestantes bloquearam o acesso ao terminal do bairro Benedito Bentes e um trecho da rodovia AL-101 Norte, entre Guaxuma e Jacarecica. Já nesta semana, pontos de queima de pneus foram identificados no conjunto Aprígio Vilela e na Avenida Durval de Góes Monteiro, dificultando o trânsito na região.

A falta do transporte tem impactado diretamente os alunos da rede municipal, que tiveram as aulas retomadas em 10 de fevereiro, mas muitos não conseguem frequentar a escola. No bairro Eustáquio Gomes, uma mãe denunciou ao MPF que mais de 20 crianças estão sem acesso ao transporte para a unidade Gigantinho, localizada no Santos Dumont.

Apesar das cobranças, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação. No último dia 14, a pasta informou que a empresa responsável pelo transporte escolar havia garantido a retomada do serviço no dia 17, o que não aconteceu.
MPF cobra providências imediatas

Diante da crise, o Ministério Público Federal encaminhou, no dia 13 de fevereiro, uma recomendação urgente à Semed, exigindo medidas imediatas para restabelecer o transporte escolar em toda a rede municipal. Além disso, o MPF orientou que a prefeitura evite a superlotação dos veículos e, caso seja necessário suspender temporariamente as aulas para readequação do serviço, apresente um novo calendário escolar em até 10 dias úteis.

O transporte escolar em Maceió é financiado, em parte, pelo Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que destina recursos federais para garantir esse serviço essencial.

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