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Governo Lula avalia repetir Temer-Bolsonaro e negociar com os EUA sobre aço

25_02

/ Por Redação


 

Setores chave do governo Lula indicaram à CNN que a melhor estratégia para lidar com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar o aço brasileiro é partir para uma negociação similar àquela realizada durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). A abordagem seria uma tentativa de evitar duas outras opções menos eficazes: recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), que é considerada inócua e confrontacional, ou retaliar com sobretaxas sobre produtos americanos, uma medida que, segundo fontes, também não traria resultados concretos e poderia escalar o conflito.

O caminho da negociação, defendido por setores do governo Lula, é sustentado por um histórico de sucessos nas negociações com Trump sobre o aço. Em 2018, o governo Temer optou por esse caminho quando o presidente dos EUA impôs a primeira sobretaxa sobre o produto brasileiro. A negociação entre os dois países, que se estendeu até maio de 2018, resultou na flexibilização das restrições. Em dezembro de 2019, sob o governo Bolsonaro, Trump tentou novamente aumentar as taxas, mas o Brasil novamente recorreu à negociação, e a medida foi suspensa.

Este histórico de negociações bem-sucedidas circulou entre as autoridades do governo Lula na segunda-feira (10), enquanto o Brasil aguardava a oficialização da decisão de Trump, anunciada no domingo (9). Porém, o governo enfrenta desafios adicionais neste cenário: a postura do presidente Lula, que declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris antes das eleições americanas, e as declarações polêmicas de Janja da Silva, primeira-dama, sobre Elon Musk, aliado de Trump.

Apesar das dificuldades, o governo brasileiro ainda acredita que a negociação será a melhor solução para evitar um confronto direto, buscando uma solução que atenda aos interesses dos setores de aço e alumínio no Brasil e nos Estados Unidos.

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