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Lula e Ministra da Saúde | Reprodução |
A mudança ainda não foi oficializada, mas a informação já circula amplamente na imprensa, sem desmentido por parte do governo. O presidente tem um encontro marcado com Nísia nesta terça-feira (25), momento em que deve formalizar sua saída.
A troca no Ministério da Saúde acontece em meio à pressão do Centrão, bloco político que busca ampliar sua influência dentro do governo. Nos bastidores, aliados do Planalto justificam a substituição como uma questão “técnica” e não política, alegando que a pasta não entregou os resultados esperados.
Entretanto, essa versão vem sendo questionada. Nísia Trindade, primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde, foi elogiada pelo próprio presidente por sua atuação, especialmente no enfrentamento à Covid-19 e na retomada de programas de vacinação. Sua saída é vista como uma concessão ao Congresso, especialmente ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que há tempos pleiteia maior influência na pasta.
A saída de Nísia representa também uma redução do número de mulheres no primeiro escalão do governo, o que contrasta com o discurso de Lula sobre a ampliação da participação feminina na política.