Pressão sobre JHC cresce com denúncia da PGR e possível filiação ao PSD

O prefeito de Maceió, JHC, ao lado de Jair Bolsonaro, em 2022

A formalização da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e outros 33 investigados tem gerado uma pressão crescente sobre o prefeito de Maceió, JHC. O gestor, que até recentemente manteve vínculo com o PL, agora negocia sua filiação ao PSD, um partido aliado ao governo Lula e com forte presença no Nordeste. Contudo, as tratativas enfrentam obstáculos, principalmente devido a divergências internas com Rui Palmeira, presidente estadual da sigla.

A mudança de postura de JHC ficou evidente durante a última visita de Bolsonaro a Alagoas, quando o prefeito optou por evitar o ex-presidente, demonstrando um distanciamento que contrasta com o apoio público que deu a Bolsonaro em 2022, quando se filiou ao PL para fortalecer a candidatura bolsonarista no segundo turno. Agora, com o futuro político de Bolsonaro em incerteza e sua base em Alagoas enfraquecida, JHC avalia seus próximos passos, buscando um reposicionamento estratégico.

A possível filiação ao PSD também é movida por fatores pragmáticos. Após o fim do repasse da indenização da Braskem à Prefeitura de Maceió, o prefeito busca garantir apoio federal para novos projetos e, ao mesmo tempo, fortalecer sua posição política, especialmente com vistas à disputa pelo governo estadual em 2026.

Além disso, essa aproximação com o governo Lula pode facilitar a indicação de sua tia, a procuradora Maria Marluce Caldas Bezerra, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que representaria um importante respaldo político para JHC.