Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro | Foto: Beto Barata
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, se reuniram nesta quarta-feira (12), em Brasília, após meses impedidos de se encontrar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No almoço, que contou com a presença de outras figuras políticas, dois temas principais estiveram em pauta: a aprovação do Projeto de Lei da Anistia e a necessidade de fortalecer o bolsonarismo no Senado Federal nas eleições de 2026.
No caso de Alagoas, o cenário não parece favorável ao grupo de Bolsonaro. Atualmente, a bancada alagoana no Senado é composta por Renan Calheiros e Renan Filho, ambos do MDB e aliados do governo Lula (PT) – sendo que Renan Filho, inclusive, ocupa o cargo de Ministro dos Transportes. A terceira cadeira pertence à senadora Eudócia Caldas (PL), que, apesar de bolsonarista, tem se aproximado do governo federal após a nomeação de sua cunhada, Marluce Caldas, como ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Possíveis Nomes na Disputa
Entre os cotados para disputar as duas vagas ao Senado em 2026, aparece o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Ele foi um forte aliado de Bolsonaro nos dois primeiros anos do governo, mas nos últimos anos se alinhou ao governo Lula. Sua candidatura poderia seguir um viés mais pragmático, buscando apoio tanto da direita quanto do governo federal.
Outro nome lembrado é o do deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil), que se posiciona abertamente como bolsonarista. No entanto, Gaspar nunca confirmou publicamente o interesse em disputar uma cadeira no Senado, o que pode dificultar os planos do ex-presidente.
Diante desse cenário, se Bolsonaro quiser um nome alinhado ao seu grupo político no Senado por Alagoas, precisará convencer Alfredo Gaspar a entrar na disputa. No atual contexto, ele parece ser a única opção viável para o bolsonarismo no estado.
