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Foto: Ascom STF |
Durante a sessão, o advogado de Bolsonaro, Celso Sanchez Vilardi, defendeu a inocência do ex-presidente e questionou a denúncia apresentada pela PGR. Segundo ele, Bolsonaro foi o líder político mais investigado do país e a acusação carece de provas concretas.
"Temos uma acusação da PGR baseada em dois artigos que tratam de golpe. Estamos falando de uma execução que teria se iniciado em 2021 contra um governo legitimamente eleito, que era o dele próprio. Isso é impossível. Como se falar em início de execução por meio de pronunciamentos em lives?", argumentou Vilardi.
O advogado sustentou ainda que não há registros de Bolsonaro praticando atos violentos ou fazendo ameaças graves. Ele também destacou que nem a Polícia Federal nem os delatores que colaboraram com a investigação conseguiram estabelecer uma ligação direta entre o ex-presidente e os eventos do dia 8 de janeiro de 2023.
"Entendo a gravidade de tudo que aconteceu no 8 de janeiro, mas não é possível que se queira imputar responsabilidade ao ex-presidente quando ele não participou. Ele repudiou os atos", declarou Vilardi.
Outro ponto levantado pela defesa foi a divulgação de um grande volume de documentos pela PGR no mesmo dia em que a denúncia foi apresentada, sem que houvesse explicação clara sobre como esses materiais se conectam à ação penal.
O julgamento segue em andamento no STF e pode ter impactos significativos no futuro político de Bolsonaro, que já enfrenta outras investigações e processos na Justiça.