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Agentes da PC/AL | Foto: Reprodução |
De acordo com a Polícia Civil, a golpista alegava possuir um bilhete de loteria premiado com um valor elevado e pedia ajuda para resgatar o prêmio. Ela dizia ser Testemunha de Jeová e, por isso, não poderia retirar o valor integral do prêmio. Durante a conversa, um homem bem-vestido, que fazia parte do grupo, se aproximava e se oferecia para ajudar, alegando ter ouvido a conversa.
Utilizando diversas técnicas de persuasão, a dupla convencia as vítimas a adquirir parte do prêmio. Além disso, eles realizavam ligações falsas para centrais telefônicas, que confirmavam a premiação, ajustando o discurso conforme a reação da vítima. Em alguns casos, ofereciam o bilhete por um valor reduzido ou sugeriam que a vítima fizesse uma contribuição para uma falsa doação beneficente.
Após enganar as vítimas, os criminosos as levavam até bancos, onde induziam a realizar transferências via PIX, TED, ou até mesmo contrair empréstimos bancários, depositando os valores em contas de "laranjas". O patrimônio subtraído era então rapidamente distribuído entre contas de comparsas, dificultando o rastreamento e bloqueio das autoridades.
A PCAL divulgou, nesta sexta-feira (21), que apreendeu dois veículos e bloqueou R$ 2 milhões em uma operação contra os golpistas do “bilhete premiado” no Rio Grande do Sul. Seis mandados de busca e apreensão foram emitidos pela 17ª Vara Criminal da Capital de Alagoas e cumpridos na cidade de Passo Fundo, RS. Os criminosos causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões a seis vítimas alagoanas, sendo todos idosos residentes em Maceió, em 2024.
O grupo agora está sendo investigado, e a polícia alerta para a continuidade do golpe, que tem como alvos principalmente idosos.
*Com Ascom PCAL