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STF torna Bolsonaro e aliados réus por suposta trama golpista; ex-presidente denuncia "atentado jurídico à democracia"

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/ Por Redação

 

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Hugo Barreto/Metrópole
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na manhã desta quarta-feira (26/3), o julgamento que tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus aliados. A decisão unânime da Primeira Turma, com placar de 5 a 0, acatou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa os investigados de participarem de uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela aceitação integral da denúncia, sendo acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Turma. Com a decisão, Bolsonaro e os demais denunciados agora responderão formalmente ao processo na Justiça.

Horas antes da conclusão do julgamento, o ex-presidente usou a rede social X para se manifestar sobre o caso. Em uma longa publicação, Bolsonaro classificou o processo como “uma espécie de atentado jurídico à democracia” e acusou o STF de conduzir um “julgamento político, parcial, enviesado e abertamente injusto”. Ele apontou o relator, Alexandre de Moraes, como “completamente comprometido e suspeito”, sugerindo que o objetivo seria “se vingar”, prendendo-o e retirando-o das próximas disputas eleitorais.

“Todos sabem que, com meu nome na disputa, minha vitória e a conquista da maioria no Senado são resultados inescapáveis. Simples assim”, escreveu Bolsonaro, relacionando o julgamento a práticas que, segundo ele, lembram o que ocorreu em países como Nicarágua e Venezuela. O ex-presidente ainda alertou que “a comunidade internacional acompanha de perto” o que classificou como “perseguição seletiva” e uma tentativa de “eliminar a oposição por via judicial” no Brasil.

Bolsonaro também criticou o que chamou de “teatro processual disfarçado de Justiça”, afirmando que o julgamento teria “data, alvo e resultado definidos de antemão”. Para ele, o processo não seria apenas penal, mas um “projeto de poder” com o objetivo de interferir na dinâmica política e eleitoral do país.

A denúncia aceita pelo STF envolve acusações de que Bolsonaro e seus aliados teriam articulado ações para questionar a legitimidade das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso agora segue para a fase de instrução processual, na qual serão coletadas provas e ouvidas testemunhas antes de um eventual julgamento final.

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