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Vereadora Teca Nelma | Foto: Reprodução |
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Teca Nelma criticou a situação e questionou a responsabilidade da Braskem no processo de reabertura dos bairros afetados. Ela explicou que a Prefeitura de Maceió anunciou a construção de 500 casas para abrigar os moradores deslocados, mas afirmou que será o dinheiro público que financiará essa iniciativa, e não a própria Braskem, empresa responsável direta pelos danos causados.
"É inadmissível que os recursos públicos sejam utilizados para financiar essas moradias, enquanto a empresa criminosa responsável direta pelo desastre ainda não assumiu plenamente as responsabilidades financeiras", disse a vereadora, referindo-se à mineradora, que tem sido alvo de críticas pela falta de uma atuação efetiva no processo de reparação.
A vereadora também explicou que a Prefeitura de Maceió informou que a construção das casas será bancada pelo Fundo de Amparo ao Morador (FAM). No entanto, ela destacou um ponto crucial: "O FAM não possui nenhum recurso financeiro depositado até o momento." Além disso, Teca Nelma ressaltou que a administração municipal transferiu a responsabilidade financeira para o Governo Federal, através do programa Minha Casa, Minha Vida. "Os impostos irão servir para reconstruir a cidade que a Braskem destruiu", acrescentou.
Em tom de indignação, Teca Nelma concluiu o vídeo com um questionamento contundente: "A quem interessa os acordos que a prefeitura de Maceió faz com a Braskem?". Com isso, a vereadora levanta uma preocupação sobre os interesses envolvidos nos acordos firmados entre a prefeitura e a mineradora, sugerindo que os moradores e a cidade como um todo estão sendo prejudicados pela falta de ações concretas por parte da empresa.
A denúncia de Teca Nelma reforça as críticas à Braskem, que já vem sendo alvo de uma série de investigações e protestos desde o início dos problemas provocados pelas atividades de mineração em Maceió. A vereadora e outros membros da sociedade civil pressionam por uma solução justa, que coloque a responsabilidade financeira nos ombros da mineradora e não sobre os cidadãos que, em muitos casos, estão sendo forçados a deixar suas casas devido aos riscos geológicos e ambientais causados pela empresa.