Arthur Litra | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil |
Entre Lira e o psolista, há mais do que diferenças políticas: há inimizade declarada. Glauber Braga foi um dos parlamentares mais combativos contra o chamado "orçamento secreto" — esquema que movimentou bilhões em emendas parlamentares e que beneficiou aliados do centrão. Em diversas ocasiões, Glauber não poupou palavras, chegando a chamar Lira de "bandido" e sendo posteriormente ouvido pela Polícia Federal no âmbito de uma investigação que apura a liberação de R$ 4,2 bilhões em recursos públicos.
O desgaste entre os dois é semelhante ao que Lira protagonizou com Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais do governo Lula. Na ocasião, por muito menos, Lira declarou publicamente que Padilha era seu “desafeto pessoal”, o que comprometeu a atuação do ministro na articulação política com o Congresso.
No caso de Glauber Braga, há, de fato, uma acusação concreta: ele é investigado por agredir um militante de extrema-direita. No entanto, a possível cassação é vista por diversos analistas como uma punição desproporcional ao ato.
Em meio ao embate político e às denúncias, um novo nome pode surgir no cenário nacional: caso Braga perca o mandato, quem deve assumir sua cadeira na Câmara dos Deputados é a ex-senadora Heloísa Helena (Rede), figura histórica da política alagoana e ex-vereadora por Maceió.