Armário onde recém-nascida foi encontrado | Foto: Reprodução |
Durante entrevista coletiva no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Novo Lino, as forças de segurança revelaram que, no quarto dia de buscas, foi feita uma varredura completa no imóvel, sem qualquer sinal de cadáver ou odor. “Nós passamos o dia todo vasculhando, e naquele local onde a criança estava, eu verifiquei, a cadela também verificou, e não tinha nada. Não tinha corpo, não tinha cheiro, nada! Tenho 34 anos de serviço como bombeiro militar e nunca vi um negócio desse. Não estava lá”, afirmou o tenente Ascânio, do Corpo de Bombeiros, que liderou as buscas.
O armário, onde o corpo foi posteriormente localizado, havia sido vistoriado tanto por agentes quanto por uma cadela farejadora treinada. Nenhum indício havia sido identificado. Isso levantou a hipótese de que o cadáver tenha sido colocado no local posteriormente, o que reforça a possibilidade de envolvimento de uma segunda pessoa no crime.
Ainda segundo a polícia, Eduarda não poderia ter ocultado o corpo no local naquela noite, pois estava sob escolta da Polícia Militar e fora de casa, o que reforça a tese de que alguém próximo a ela pode ter interferido na cena do crime.
Eduarda Silva de Oliveira foi presa em flagrante e poderá responder por infanticídio e ocultação de cadáver. Sua defesa sustenta que ela enfrenta um momento delicado do puerpério e apresenta indícios de depressão pós-parto, o que deve ser avaliado no curso do processo.