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Presidente Lula sendo detido pela PF | Foto: Reprodução |
A condenação, proferida pelo então juiz Sergio Moro, girava em torno da suposta propriedade de um apartamento no litoral paulista, que teria sido reformado pela empreiteira OAS como forma de propina em contratos com a Petrobras. A defesa de Lula sempre negou a acusação e alegou perseguição política e falta de provas concretas.
A prisão de Lula impediu sua candidatura nas eleições presidenciais de 2018, nas quais aparecia como líder nas pesquisas de intenção de voto. Com sua ausência, o pleito foi vencido por Jair Bolsonaro, que nomeou Sergio Moro como ministro da Justiça — decisão que gerou críticas e alimentou ainda mais o discurso de parcialidade no julgamento de Lula.
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações do ex-presidente, alegando que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os processos e reconhecendo a suspeição de Sergio Moro na condução do caso. Com isso, Lula recuperou seus direitos políticos e foi autorizado a disputar as eleições presidenciais de 2022, nas quais saiu vitorioso, derrotando Jair Bolsonaro no segundo turno.
A prisão de Lula e os desdobramentos judiciais que se seguiram deixaram marcas profundas no cenário político e jurídico do Brasil, acirrando polarizações e colocando em xeque a condução de investigações de grande repercussão nacional. Hoje, a narrativa em torno do caso ainda divide opiniões e é tema constante no debate público brasileiro.