Senador Renan Calheiros | Foto: Reprodução |
Com uma base política robusta, Renan conta com o apoio de cerca de 90 prefeitos alagoanos, além das alianças estratégicas com o governador Paulo Dantas (MDB) e o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB). Esses apoios fortalecem sua pré-candidatura e indicam que o senador pretende disputar com força total, apesar das críticas e desgastes acumulados ao longo dos anos.
Nos bastidores, no entanto, há especulações sobre os riscos que uma eventual derrota nas urnas pode trazer ao veterano político. A comparação mais direta surge com o caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que também teve longa trajetória política em Alagoas, chegou ao Senado e, em 2025, teve a prisão decretada após condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Collor foi transferido para o Presídio Baldomero Cavalcanti, onde cumpre pena em cela especial.
Para analistas políticos, a eleição de 2026 será crucial para o futuro de Renan Calheiros. Sem mandato, ele poderá ficar mais exposto a investigações e eventuais processos que hoje tramitam sob foro privilegiado. Assim como Collor, que perdeu espaço político após não conseguir se manter no Senado, Renan pode enfrentar um cenário semelhante caso não obtenha sucesso nas urnas.
O senador, por sua vez, nega qualquer temor relacionado a esse tipo de comparação e mantém sua agenda ativa no Congresso, buscando se posicionar como articulador influente no cenário nacional. Ainda assim, os próximos dois anos prometem ser decisivos para o desfecho de uma das carreiras políticas mais longevas do país.