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Soltura de 59 tartarugas-de-pente emociona moradores e reforça importância da preservação ambiental em Maceió

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/ Por Redação

 

Cinquenta e nove filhotes de tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), espécie ameaçada de extinção, foram soltos no mar | Foto: Priscilla Espíndola.
Um espetáculo de conexão entre natureza, ciência e educação ambiental encantou moradores e visitantes da Praia de Guaxuma, em Maceió, na tarde desta terça-feira (8). Cinquenta e nove filhotes de tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) foram soltos ao mar após nascerem durante a madrugada, em uma ação coordenada pelo Instituto Biota de Conservação.

A soltura marcou o ápice de um trabalho de mais de 50 dias, iniciado quando biólogos localizaram e sinalizaram o ninho deixado por uma fêmea na faixa de areia da praia. Desde então, o local foi monitorado até o nascimento dos filhotes, garantindo que eles pudessem alcançar o oceano em segurança.

Para Bruno Stefanis, presidente do Biota, o cuidado com a preservação do ninho foi fundamental. “Monitoramos vários trechos do litoral de Alagoas, e quando encontramos o rastro da fêmea que veio desovar de madrugada, há cerca de 60 dias, marcamos o ninho. É crucial que a população não remova essas marcações, pois perdemos dados importantes se isso acontece”, alertou.

Apesar de ser uma das espécies que mais desova na costa alagoana, a tartaruga-de-pente é rara de ser avistada nas águas da região. Segundo Stefanis, essa realidade reforça ainda mais a importância de preservar o habitat natural da espécie. “Essas tartaruguinhas vão voltar daqui a 30 anos para desovar aqui. A gente precisa manter essas praias intactas, com vegetação e sem interferências, para garantir o retorno delas”, destacou.

A cena emocionou famílias que aproveitaram o momento para proporcionar às crianças uma experiência única com a natureza. A administradora Priscilla Araújo levou a filha para acompanhar a soltura de perto. “Hoje em dia é raro ter esse contato com a natureza. As crianças veem tudo pela TV ou nos livros. Aqui, elas conseguem entender a importância de preservar vendo com os próprios olhos”, afirmou.

Para a pequena Laura Ribeiro, de apenas 8 anos, o momento foi inesquecível. “Eu estou achando muito especial, porque eu nunca vi uma tartaruguinha bem pequenininha”, disse, com brilho nos olhos e emoção no rosto.

A ação do Instituto Biota, além de garantir a segurança dos filhotes, também cumpriu um papel essencial de conscientização ambiental, reunindo ciência, educação e cidadania em prol da preservação marinha.

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