Prefeitura de Branquinha gasta alto valor com queima de fogos de artifício

 

Neno Freitas, prefeito de Branquinha | Foto: Reprodução

A pequena cidade de Branquinha, localizada na Zona da Mata alagoana, com pouco mais de 9 mil habitantes, surpreende com um gasto expressivo para um show pirotécnico. De acordo com a edição do Diário Oficial dos Municípios de sexta-feira (21), a Prefeitura, sob a gestão do prefeito Neno Freitas, formalizou um contrato de licitação no valor de R$59.600,00 para a aquisição de serviços de montagem e execução de espetáculo de fogos de artifício.

O contrato, que tem vigência de 12 meses, foi assinado na última quinta-feira (20) e será executado pela empresa Bazar de Fogos Padre Cícero, sediada em União dos Palmares, Alagoas. No entanto, chama atenção o fato de que um dos pontos de funcionamento do Bazar, é um simples barraco, o que levanta questionamentos sobre o alto valor pago pela prefeitura.

O alto custo do contrato chama a atenção, especialmente quando se considera o porte do município. Branquinha possui uma vasta população carente, onde muitos moradores sobrevivem com o apoio de programas sociais. Diante desse cenário, será que a prioridade dos moradores é a destinação de quase sessenta mil reais para a compra de fogos de artifício?

A Câmara de Vereadores deveria acompanhar os gastos do Executivo com mais rigor. No entanto, essa fiscalização se torna difícil, pois os vereadores compõem a base governista, o que compromete a fiscalização.

O gasto elevado afeta diretamente a imagem do governo municipal, que poderia alocar esses recursos para necessidades mais urgentes da população em setores como saúde, assistência social, infraestrutura e outros.

Outro ponto a ser observado é a transparência na execução deste contrato. O extrato publicado no Diário Oficial detalha o valor, a empresa contratada e o período de vigência, mas não menciona a programação do evento, nem os critérios que justificam o investimento ao longo de 12 meses.

Diante disso, a gestão municipal precisa esclarecer à população quais os benefícios que um show pirotécnico trará para a cidade.

Polícia Científica confirma identidade de corpo de criança encontrado em Branquinha

DNA confirma identidade de corpo encontrado em Branquinha como o de Anna Cecíllya | Foto: Reprodução

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió divulgou, nesta quinta-feira (13/2), o laudo que confirma a identidade do corpo encontrado em Branquinha, na Zona da Mata alagoana. Após análise de DNA e comparação com o material genético da mãe da vítima, foi comprovado que o cadáver é de Anna Cecíllya dos Santos Silva, de 9 anos.

A perita criminal Carmélia Miranda explicou que a decomposição do corpo dificultou o exame, pois substâncias degradantes podem comprometer as moléculas de DNA. No entanto, o material extraído das amostras foi suficiente para a análise e o resultado foi positivo.

O laboratório segue analisando outras amostras para verificar a presença de material genético masculino, o que poderia indicar violência sexual. Esse exame, segundo a perita, exige mais tempo devido à complexidade da técnica utilizada.

“Em casos de estupro, a detecção do material genético do agressor torna-se mais rara quando há um grande intervalo de tempo entre o crime e a realização do exame. Ainda assim, estamos empenhados em obter respostas, mesmo diante do avançado estado de decomposição do corpo”, afirmou Miranda.

O corpo da criança havia sido liberado anteriormente apenas com requisição de sepultamento. Agora, com a confirmação da identidade, o Instituto Médico Legal poderá emitir a declaração de óbito, permitindo que a família registre oficialmente a morte da menina.

Anna Cecíllya desapareceu no dia 21 de janeiro, após sair de casa, onde morava com a mãe, o padrasto e os irmãos, para brincar. Seu corpo foi encontrado cinco dias depois, em 26 de janeiro, em uma área de difícil acesso, coberta por vegetação densa, e enterrado em uma cova rasa.

A perícia do local foi realizada pela perita criminal Jana Kelly, do Instituto de Criminalística de Maceió. O exame cadavérico apontou lesões compatíveis com violência física, reforçando a suspeita de crime. As investigações seguem em andamento para esclarecer os detalhes do caso.

*Com informações da Assessoria